domingo, 19 de junho de 2016

Os motivos reais do impeachment

Os golpistas estão querendo destruir o país

Nada na política acontece por acaso. E Dilma Rousseff também não foi afastada por acaso. Além da insatisfação de parte do povo com a corrupção e com a incompetência do Governo Dilma em vários aspectos, o impeachment teve os seguintes motivos (estes ocultos):

1) Parar a Lava Jato
Os áudios vazados ilegalmente pela mídia mostrando as conversas do empresário Sérgio Machado com vários chefões do PMDB provaram que a razão política para o impeachment foi a de estancar a "sangria" da Lava Jato. Enquanto Dilma não caísse, todos os corruptos estariam sob risco de ver o sol nascer quadrado.

2) Tornar a economia mais favorável aos bancos e rentistas
Como já disse o ex-ministro Delfim Netto: "O Brasil é o último peru com farofa na mesa dos investidores". Ou seja: o Brasil é o último país onde os rentistas podem deitar e rolar com uma taxa de juros surreal que os permite viver uma vida de reis sem trabalhar, apenas investindo em bolsa de valores e títulos públicos. Além disso, toda a estrutura econômica do Brasil favorece à especulação e à rentabilidade com baixíssima tributação, especialmente para os mais ricos. O problema disso é que quase ninguém está disposto a investir no setor produtivo, o que não favorece ao nosso crescimento econômico e nem a competitividade de mercado. Com o orçamento do PT apertado, sem gerar superavits, a elite econômica não queria correr o risco de ter menos retorno financeiro, já que crises econômicas deveriam penalizar a todos igualmente. Só que ao invés de dividir a conta da crise, a elite rentista quer jogar a conta toda para o povo e para os trabalhadores pagarem sozinhos.

3) Fazer o Brasil voltar a ser uma neocolônia dos Estados Unidos
A entrega do Pré-sal e a privatização da Petrobras são alguns dos exemplos mais óbvios pelos quais as multinacionais norte-americanas investiram na derrubada do PT. O desmonte das grandes empreiteiras brasileiras, como a OAS e a Odebrecht, serviu para abrir mercado para as empreiteiras estrangeiras dominarem o país. Isso sem mencionar a influência do governo dos EUA para enfraquecer o Mercosul e acabar com o Brics.

4) Enfraquecer a CLT
A Fiesp e o patronato não gostam de prejuízo e nem de dividir a conta da crise com o trabalhador. A campanha do "não vou pagar o pato" era bem clara: a Fiesp não estava disposta a pagar coisa alguma, a conta seria toda paga pelos trabalhadores, com direito ao fim da CLT e a imposição da absurda Lei da Terceirização.

Se não fui muito claro, deixo um vídeo abaixo onde o ex-ministro Ciro Gomes explica tim-tim por tim-tim o porquê de tudo isso estar acontecendo.


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