domingo, 21 de agosto de 2016

E a história se repete, mais uma vez...


A história do Brasil é repleta de Golpes de Estado. No último deles, em 1964, houve uma violenta ruptura da normalidade democrática com um alinhamento entre os poderes legislativo, judiciário, midiático, militar e internacional (EUA). Durante a ditadura que se sucedeu a este Golpe, em 1970, uma militante de esquerda que lutava pela democracia foi julgada por um tribunal militar, condenada, presa e torturada. A vergonha dos homens que a julgaram estava explícita nas fotos da época, o que deixava claro que o tribunal foi uma grande farsa.


Quarenta e seis anos depois, esta mesma mulher tornou-se Presidente da República e, por ironia do destino, novamente se viu diante de um tribunal. Outro Golpe dado pelos mesmos homens e os mesmos poderes de antes – excetuando-se os militares – foi responsável por violar novamente a soberania popular do voto e colocou outra vez a mesma mulher diante de uma nova farsa.


Homens covardes, mentirosos, machistas, traidores, reacionários, vendidos, inescrupulosos, avarentos e, sobretudo, corruptos mais uma vez estavam raivosos e desesperados pela retomada do poder. Daí eu pergunto: até quando a história vai se repetir? Será que estamos em um looping infinito? Ou será que estamos subestimando o nosso próprio poder de mudar o curso da história?
Como já dizia Marx: "A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa". Ou não.


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