segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Meus heróis morreram de overdose de coragem

Jango, Fidel e Juscelino no Palácio Laranjeiras, no Rio, em maio de 1959

Todos os presidentes que foram odiados, perseguidos e difamados pela plutocracia brasileira e mundial são verdadeiros heróis, porque eles governaram para o povo e não apenas para os muito ricos. Na lendária foto do topo do post, temos três exemplos deles: João Goulart, Fidel Castro e Juscelino Kubitschek – todos odiados pela nossa elite mesquinha e egoísta. João Goulart foi deposto por um covarde Golpe de Estado após propor reformas de base. Fidel Castro, líder da Revolução Cubana, foi difamado até o último dia de sua vida pela mídia burguesa e pela direita hidrófoba. E Juscelino Kubitschek, que desenvolveu e industrializou o país, também foi acusado de dezenas de mentiras pela nossa mídia entreguista. Só faltaram Leonel Brizola, Lula e Dilma Rousseff, que ousaram tentar fazer o mínimo pelos pobres e pelas nossas crianças. Veja no que deu para eles também. No caso do Lula, mesmo ele estando vivo, ele está sendo implacavelmente perseguido pela turma partidária do MP e pelo juiz Moro. E Dilma sofreu mais um Golpe de Estado. Todos eles, vivos ou mortos, foram absolutamente corajosos por desafiar a ordem burguesa. Eles foram perseguidos por terem uma verdadeira overdose de coragem ao desafiar esse sistema elitista que controla o capitalismo.


É por isso que eu tenho ojeriza a neoliberais, porque eles se escandalizam mais com supostos casos de corrupção, do que com crianças vivendo na miséria absoluta e passando fome. E isso não é demagogia: é humanismo, amor ao próximo, altruísmo. Corrupção existe em todos os lugares do mundo e nunca será 100% eliminada. Mas a fome e a desnutrição infantil podem e devem ser eliminadas. Fidel Castro provou que isso é possível e o bem-estar social escandinavo também. Mas essa gente bajuladora de banqueiros só pensa em mercado, mercado e mercado. O corte de investimentos públicos que está sendo feito no Brasil é comemorado por essa cambada que não sabe (ou não quer saber) que quem mais vai se prejudicar com essa austeridade é o pobre que depende do SUS e que tem filhos matriculados em escolas públicas. Esses neoliberais de apartamento só querem se manter no topo dos seus privilégios e garantir que nas férias irão comprar iPhone baratinho em Miami. Essa turma caga e anda para injustiças sociais e se recusa a aprender que o laissez-faire e o laissez-passer nunca deram certo.

Enquanto não aprendermos a pensar mais no coletivo, não iremos a lugar nenhum. Enquanto não for bom para todo mundo, nunca será bom para ninguém. Nenhum país pode ir para frente enquanto todo mundo só pensar em si mesmo.

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