terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Ser contra o assistencialismo é coisa de psicopata


Cansei de ver nas redes sociais e nos comentários de páginas como a G1 pessoas sendo radicalmente contra os programas sociais. Eu até entendo o rancor de algumas pessoas privilegiadas que sentem que estão perdendo os seus privilégios, mas tem certas coisas que não dá para tolerar. Recentemente, vi um comentário de alguém no Facebook que dizia, inocentemente, que "o Bolsa Família estava destruindo a nossa economia por sustentar vagabundos" e que "fazia os pobres se acomodarem, vivendo de fazer filhos graças a um programa populista". Engraçado que esse tipo de gente condena veementemente o "comunismo" por ele ter "matado milhões de fome", mas defende medidas que irão matar igualmente pessoas de fome. Sem o Bolsa família e outros programas sociais, muitas famílias não teriam dinheiro para comprar comida. Não pense que é possível uma pessoa esfomeada ter condições de trabalhar ou estudar. Fora que com a educação de má qualidade que temos no Brasil, as pessoas mais carentes têm muito mais dificuldades para conseguir empregos que exigem mão de obra especializada e boa escolaridade. É muito fácil ser contra o assistencialismo quando você sempre teve tudo e nunca passou fome. Isso sem mencionar que, ao contrário do que muitos pensam, o Bolsa Família por exemplo, é ótimo para a economia, porque ele ajuda a redistribuir a renda, fazendo o comércio ficar mais aquecido. É o consumo que faz as engrenagens do capitalismo funcionar e que gera empregos.


Portanto, antes de vociferar impropérios contra o assistencialismo, pense duas vezes nessa sua atitude. Você nunca se importou em dar quase metade do seu dinheiro para os bancos através dos juros da dívida, então por que vai se importar em dar uma pequena fração da sua renda para quem está desesperado de fome?
Desculpe a honestidade, mas se você é contra o assistencialismo, não há muita diferença entre você e Stalin. Enquanto um causou um holocausto na Ucrânia, o outro está querendo causar um holocausto no Brasil.
Reveja seus conceitos, por favor.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

O anarquismo é o sistema ideal e ponto final


Já chega!
O capitalismo vive da exploração descarada dos trabalhadores e da pequena burguesia pelas elites econômicas.
O socialismo (de Estado) vive da exploração dos proletários pelos tiranos do Partido Comunista.
A solução é a extinção do Estado como conhecemos e a implementação de uma democracia direta. Não pode haver hierarquias: o povo é que deve dominar o poder.
O Estado, o capitalismo, as instituições religiosas, o racismo e o patriarcado são mecanismos de opressão que precisam ser derrubados. Somente uma revolução anarquista pode transformar o nosso mundo em lugar justo para todos.


É impossível existir um mundo justo enquanto houver sistemas onde as pessoas sejam exploradas e manipuladas para sustentar elites parasitárias. Políticos, corporações e bancos – que controlam o nosso sistema – operam exclusivamente em benefício próprio, nos tratando como gado a ser extorquido e abatido. Os plutocratas/oligarcas que dominam o sistema e ficam multibilionários ao custo do nosso suor querem manter esse sistema insustentável de qualquer maneira, nem que isso cause a autodestruição da nossa própria espécie e do nosso planeta. Portanto, cabe a todos nós nos unirmos e nos levantarmos contra esses caras que mandam no mundo para fazer uma revolução anarquista.



Se quiser entender melhor o porquê da necessidade de derrubar o sistema, recomendo o vídeo abaixo que expõe todas as entranhas daquilo que chamamos de "capitalismo financeiro":


O conhecimento é a arma mais poderosa do universo. Por isso, quem o possui se torna automaticamente uma ameaça ao poder. É preciso espalhar essa ideia antes que seja tarde demais.

Somente pessoas com mentalidade escravista gostam de ser governadas.
Liberte-se!

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Marchinhas para politizar


Como citei no post dos blocos vermelhos, o carnaval é uma oportunidade maravilhosa que temos para nos manifestar politicamente. Por isso, aproveitando o atual momento de festa e êxtase popular, resolvi deixar algumas marchinhas de carnaval que servem de crítica social e política para reflexão.
Olha só:













sábado, 25 de fevereiro de 2017

Questões rápidas sobre revolução, política e Brasil


Estive pensando recentemente em escrever vários posts rápidos com perguntas e respostas envolvendo política. Mas para não atrasar ainda mais outras postagens que pretendo publicar em breve sobre outros temas, então resolvi jogar todas as perguntas e respostas num único post.
A seguir, deixo uma espécie de autoestrevista sobre temas atuais envolvendo política:

Uma revolução daria certo no Brasil?
Não, por três razões básicas:
1-Não há engajamento da população, que está totalmente alienada por uma educação precária e por uma mídia burguesa tendenciosa. As pessoas comuns (o 'povão', por assim dizer) estão totalmente imersas em um círculo vicioso de consumismo, individualismo e conformismo regado pela ilusão de uma prosperidade utópica. As pessoas preferem o escapismo ao confronto com a realidade.
2-Não temos uma 'bucha de canhão' para encabeçar uma revolução na luta proletária pela igualdade e pela justiça social (nunca tivemos um Lênin, um Fidel, um Ho Chi Minh), o máximo que tivemos foi Marighella, Luís Carlos Prestes e Brizola que não tinham nem o carisma dos grandes líderes e nem a força necessária para conduzir uma grande massa trabalhadora ao poder.
3-Os EUA não deixariam. A América Latina é o quintal dos EUA. Somos nada mais que macacos, que selvagens, que vermes a serem explorados do ponto de vista das oligarquias norte-americanas. Enquanto no país deles há um "capitalismo modelo" (inatingível para nós), aqui no Brasil temos um capitalismo de terceiro mundo que não deixa o país se desenvolver. Somos um mero fornecedor de matéria-prima barata a ser explorado pelos EUA e eles nunca fizeram a menor questão de disfarçar isso. Os nossos programas espacial e nuclear, por exemplo, estão paralisados juntamente com os investimentos em tecnologia de ponta, porque não é interessante para os EUA ter concorrência. Além disso, nenhuma grande potência está interessada em apoiar uma revolução nas terras tupinambás.

O mundo seria todo comunista se a URSS tivesse vencido a Guerra Fria durante a crise dos mísseis?
Talvez. Sabemos hoje que o arsenal nuclear da URSS era mais sofisticado e estava estrategicamente mais bem posicionado que o dos EUA durante a Crise dos Mísseis Cubanos. Se tivesse ocorrido uma guerra nuclear, o país mais destruído – os EUA, no caso – certamente teria se rendido e tornar-se-ia um país subalterno aos soviéticos. A imposição do socialismo de Estado por parte da União Soviética contra os EUA seria inevitável. Se isso tivesse ocorrido, certamente não teríamos tido ditaduras militares na América do Sul, seríamos independentes e teríamos políticas mais igualitárias. O Brasil teria espaço para crescer e possivelmente seria a maior potência das Américas. Mas isso é apenas uma suposição, porque existia também a possibilidade de aniquilamento mútuo.

E o crescimento da extrema-direita no Brasil? Por que isso?
O crescimento da extrema-direita é um fenômeno global. As políticas expansionistas, imperialistas e neoliberais coordenadas pela elite financeira internacional têm causado um aumento da desigualdade, da violência e do caos. Como para a maioria das pessoas o "socialismo não deu certo", a única opção que eles vislumbram é um endurecimento da repressão contra as classes dominadas e um pseudo patriotismo que se manifesta através de xenofobia. As pessoas acham que o Brasil está dando errado pelas razões erradas – e daí passam a pedir pelas soluções erradas. O crescimento de Jair Bolsonaro nas pesquisas para presidência da república é uma evidência disso. O reacionarismo é uma forma de tentar, infantilmente, voltar para uma época mais estável onde havia menos violência. Mas não vai dar certo. O Brasil precisa justamente do oposto: de políticas inclusivas que reduzam a desigualdade.

Qual o sistema (modo de produção) ideal?
É difícil responder a essa questão, porque tudo acaba ficando no campo das hipóteses. O socialismo de Estado não deu certo devido às restrições de liberdades e ao descaso com o proletariado que nunca chegou, de fato, ao poder. Já o capitalismo é essa joça que conhecemos, logo, não dá para ser nem exatamente um e nem o outro. Talvez um sistema misto, semelhante ao que temos no Estado de Bem Estar Social escandinavo, seja uma opção menos ruim. Há teorias interessantes, como a do Projeto Vênus, do engenheiro social Jacque Fresco, mas me parece por demais futurista. Eu creio que modelos cooperativistas são os melhores por evitar o individualismo, o predatismo e o egoísmo, mas as pessoas precisariam mudar muito o modo de pensar para aceitar sistemas mais humanizados. Infelizmente, a nossa sociedade é terrivelmente egocêntrica e individualista, por isso precisaríamos antes de tudo de um modelo de educação que mostre que é melhor crescermos todos juntos ao invés de querer ficar riquinho ao custo da pobreza de uma maioria.

Lula volta em 2018?
Acho essa possibilidade muito pouco provável. O ódio que foi disseminado contra Lula e contra o PT foi muito forte nos últimos anos. Fora que os cabeças do sistema já decidiram que ou Lula será preso, ou será inviabilizado politicamente. Essa turma não armou todo esse espetáculo para deixar a Jararaca viva para ser presidente em 2018. O mais provável é que Ciro Gomes ocupe a vaga de Lula em 2018 e receba apoio do PT para tentar ir ao segundo turno contra Marina ou Bolsonaro. Apesar de minhas divergências com Ciro, entre os que estão aí, ele é de longe o candidato mais preparado para ser presidente em 2018. A política conciliatória que Lula adotou entre 2003 e 2010 não tem mais a menor chance de funcionar. É preciso uma política de confronto, de ruptura com o sistema que aí está.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

A Globo é inimiga do Brasil


Lendo os comentários do 247, na matéria sobre os clubes paranaenses de futebol que desafiaram o monopólio da Globo (link aqui), encontrei um em especial que me chamou atenção por sua lucidez e concisão. Achei o comentário tão brilhante que resolvi copiá-lo para este blog como forma de ajudar a divulgar o que realmente é a Globo. O comentário do leitor segue abaixo:

"A Rede Globo não é apenas um canal de TV. É uma arma de guerra de desinformação criada por organizações estrangeiras durante a ditadura militar para controlar e sabotar o Brasil por décadas. É uma organização de fora do país que interferiu e manipulou TODAS as eleições presidenciais sempre contra os verdadeiros líderes populares. Roberto Marinho era só um figurante laranja que em 1965 viu seu pequeno jornal ser transformado em uma máquina de poder com pesados investimentos do grupo norte-americano Timelife. 
Depois, a Globo passou a ser sustentada pelos impostos pagos pelo povo brasileiro para manipular a sua própria opinião pública contra si mesmo de forma a sabotar nossos interesses estratégicos. Sem a Globo, a ditadura militar não teria durado um ano, até porque essa organização tem um monopólio da informação ao influenciar, chantagear e persuadir todos os outros canais de mídia que, no Brasil, são controladas por apenas 7 famílias. A Rede Globo, com seu jornalismo manipulador, cria um constante clima de pessimismo, mostrando só o que tem de ruim no país e escondendo tudo o que tem de bom para baixar a nossa moral e nos manter numa eterna síndrome de vira-latas. 
A Globo consegue fazer com que o brasileiro torça pelos inimigos do país, pois a dominação através da mídia é mais barata do que a militar e tem a vantagem de deixar a população satisfeita, dentro do mundo irreal criado por ela, o que não acontece com a dominação através da força bruta. Com cinco novelas por dia, ela prostitui nossos valores culturais transformando nossos jovens em criaturas fúteis, consumistas, narcisistas e alienados, enchendo suas cabeças com um vácuo cultural com programas como o Big Brother. A Globo é um atentado CONSTANTE a nossa soberania nacional com o objetivo de nos manter colonizados. As gerações futuras, nossos filhos e netos, irão nos questionar por que aturamos esse câncer por tanto tempo. A simples existência dessa organização é um completo absurdo!"

Sai! Coisa Ruim!

Para terminar, dois videozinhos. O primeiro é uma denúncia da Rede Record contra a Globo. E o segundo, é um vídeo viral do Triplex de Paraty que pertence, adivinhe a quem?



quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Bem-vindo à marcha vermelha, camarada!


Durante décadas da minha vida, eu odiei o carnaval, com justificativas até razoáveis. Mas depois de um tempo, eu parei para pensar melhor. Quer saber o porquê? Porque o carnaval pode (e deve) ser uma grande arma contra o sistema, afinal, quem foi que disse que o carnaval não é um ótimo espaço para a manifestação política? Que tal usarmos o carnaval contra o capitalismo e contra toda forma de opressão?

Hoje a festa é sua, hoje a festa é nossa!

Bem-vindo à grande festa comunista, camarada! O nosso carnaval será vermelho!


Essa será a nossa chance de implantar a ditadura cubana gayzista abortista satanista bolivariana ateísta soviete anarco afro brazuca stalinista marxista nordestínica feminazi venezuelana vegana ecochata juche cossaca guarani kaiowá do parto humanizado golpista petralha farc maconhista jedi maoísta esquerdopata jihadista comunista gramsciana internacional socialista do Foro de São Paulo!

A seguir, imagens do maior bloco comunista do mundo!






quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Não há futuro para o Brasil


Muitas pessoas não estão entendendo a gravidade do que está acontecendo, por isso vou tentar acordá-las neste post. Resumindo numa frase: o Brasil recebeu uma sentença de morte. Estamos caminhando a passos largos rumo a um colapso total.
Em uma só tacada, o Golpe nos trouxe Alexandre de Moraes no STF, Moro como herói, Alexandre Frota como conselheiro do ministério da educação, Bolsonaro como futuro presidente, 20 anos de educação e saúde com investimentos congelados, ensino médio mutilado para sempre, patrimônio nacional surrupiado, soberania nacional violada, democracia depredada, agravamento da crise e uma verdadeira ditadura da coligação PMDB-Plutocracia. E, para piorar, você vai trabalhar até morrer, quantas horas por dia o patrão definir e receberá o salário que ele quiser te pagar. Não terá férias remuneradas, décimo-terceiro, fundo de garantia, nem indenização se for mandado pra rua. Seus filhos receberão um ensino básico de péssima qualidade e não terão condições de ingressar na universidade, a menos que você possa pagar mil reais por mês para uma escola particular. Sua família não terá assistência médica gratuita, nem acesso a medicamentos distribuídos nas unidades básicas de saúde. Cultura para quê? Cultura é para os ricos, você apertará porcas, botões e parafusos até o momento de ir para a cova. E ainda por cima irão conseguir te convencer que foi tudo culpa do PT.


Não existe mais perspectiva de futuro para um país no corredor da morte. O Brasil faliu.

Fontes:
Edson Antunes
Claudio Daniel

#PartiuExterior

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Não escrevo para agradar a ninguém


Como hoje estou sem tempo para publicar uma postagem mais bem elaborada, então vou aproveitar a ocasião para deixar o aviso que este blog não é penico. Não sou obrigado a aturar ou mesmo a publicar comentários com mensagens de ódio, racistas, misóginos, homofóbicos, xenófobos, antissemitas e islamofóbicos que têm aparecido com certa frequência nas últimas semanas. Quem quiser discutir ou discordar terá toda a liberdade para comentar o que quiser, desde que não venha com agressão gratuita e preconceito contra grupos socialmente oprimidos ou minorias. Por favor, se não gosta das postagens, não se sinta obrigado a lê-las pela metade e xingar no final: feche a janela do navegador e vá para outro blog que te interesse. Não escrevo aqui para agradar a ninguém, escrevo porque este é o meu espaço para expor minhas ideias e debatê-las de forma civilizada com os visitantes e seguidores.
 
Todos são bem-vindos aqui, desde que tenham educação e respeitem as pessoas.


segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Bolsonaro vem aí


Nos resultados da última pesquisa para presidência da república, onde Lula liderou com certa folga, houve a ascensão meteórica de um candidato que parecia inofensivo nas pesquisas anteriores: ele mesmo, o ídolo da criançada Jair Bolsonaro. O polêmico deputado do PSC Jair Messias Bolsonaro teve um salto impressionante nas últimas pesquisas, saindo do quinto lugar para o segundo, empatando com Marina Silva e deixando Ciro Gomes e os tucanos para trás. Esse fenômeno pode parecer incompreensível para muita gente, afinal, como um sujeito reacionário, macarthista e intolerante como o Bolsonaro conseguiu ser o segundo mais citado nas pesquisas?

Se pararmos para pensar um pouco, vamos concluir que esse salto do Bolsonaro não é algo tão surpreendente assim. Vários fatores contribuíram para este cenário. Primeiramente, a grande mídia corporativa tratou de defenestrar praticamente só o PT e blindou o PSDB e demais aliados, fato este que acabou causando a desconfiança de muita gente, já que os tucanos também não são nada santinhos. A esquerda brasileira também sofreu muitos ataques dentro e fora da internet com mentiras disseminadas por gurus fanáticos e por movimentos financiados pelo grande capital. Daí que só sobraram as duas direitas intactas: a neoliberal e a fascista. A neoliberal, por ser libertária, foi rotulada de "marxista cultural", de "socialista fabiana" e de "antinacionalista" pela direita fascista – rotulação essa que acabou eliminando para muita gente mais conservadora a possibilidade de votar nos partidos da alta burguesia (PSDB, DEM e PPS). O resultado disso é que só sobrou o tal Bolsonaro para os órfãos do tucanato e para boa parte da direita.

Outro aspecto que influenciou o crescimento do Bolsonaro foi a eleição do reacionário Donald Trump para presidência dos EUA. Além disso, o Brasil, por ter sido o último país do ocidente a abolir uma escravidão que durou quase 400 anos, tem uma classe média extremamente reacionária, racista, elitista, preconceituosa e arrogante. Este reacionarismo das classes privilegiadas encontrou refugio nos discursos ultraconservadores do Bolsonaro. Os velhos chavões da direita protofascista e a postura politicamente incorreta do parlamentar foram que conquistaram muitas pessoas. Bolsonaro é chamado de "mito" por seus 'fãs' justamente porque tem a coragem de dizer tudo aquilo que os nossos reaças sempre quiseram dizer, mas que nunca tiveram coragem. Daí bastou juntar a fome com a vontade de comer que temos esse aumento na popularidade do "Bolsomito".

Diga-me com quem andas que eu te direi quem és

É bom que se diga que Bolsonaro é muito popular na internet e entre a classe média. Mas, para o povão, ele ainda é praticamente um desconhecido. Quando começar a campanha presidencial, certamente Bolsonaro vai ganhar ainda mais votos por se tornar mais conhecido: fato que o colocará de maneira quase certa no segundo turno. Essa possibilidade quase inevitável de lidar com um fanfarrão de extrema-direita no segundo turno tem deixado a grande mídia burguesa desorientada, porque ela terá que escolher entre ou engolir o Lula, ou tolerar o "Bolsomito". Como eles não conseguiram emplacar o juiz Moro como candidato e nem salvar o tucanato do ostracismo, restará para a nossa plutocracia lidar com este duro dilema. Porém, pelo que conheço de nossas elites, num suposto segundo turno entre Lula e Bolsonaro, a mídia corporativa certamente abraçaria o fascismo. Mas enfim, ainda há muita estrada até 2018. O mais provável mesmo é que Lula seja inviabilizado junto com toda a esquerda e que Bolsonaro brigue contra qualquer fantoche da plutocracia no segundo turno. E aí então teremos o duro dilema de escolher entre um fascista e um neoliberal.

Pois é, amigos, o futuro do Brasil é sombrio...

domingo, 19 de fevereiro de 2017

A glamourização de Stalin


Uma das celebridades póstumas mais populares da internet atualmente, em especial nas redes sociais, é o ex-líder da União Soviética Joseph Stalin. Hoje vê-se Stalin em páginas políticas sérias, em páginas de humor, em caricaturas, em quadrinhos, em pop art, em memes, em músicas, em games e até em arte digital. Da mesma forma que a imagem de Che Guevara ganhou um status pop na nossa cultura por ter sido "apropriada" pelo capitalismo, o mesmo tem ocorrido de uns tempos para cá com a imagem de Stalin. Num dia desses, por exemplo, vi um sujeito no YouTube usando uma foto sorridente do Stalin como avatar e daí que o perguntaram se ele era stalinista. O jovem respondeu que nem sabia quem era Stalin ou o que foi o stalinismo e só usou a foto porque a achou "engraçada". Enfim, a verdade é que – tirando essa galerinha que usa memes e fotos do Stalin por estar seguindo a moda – a imagem do ex-líder soviético causa reações diversas nas pessoas devido ao seu impacto histórico como comandante mão de ferro da antiga URSS.


Os altos e baixos de Stalin
Stalin foi uma daquelas personalidades controversas que ou você ama, ou você odeia. Há quem o abomine inteiramente por considerá-lo um genocida, um psicopata, um deturpador de Marx e um inimigo do "socialismo real". E há quem o ame por seu carisma de ter sido o "pai dos povos" (culto à personalidade), por sua forte oposição aos latifundiários, aos nazistas, aos fascistas e por seu pulso firme ao lidar com as adversidades. Durante seu governo, Stalin focou na industrialização rápida e na urbanização da URSS – além da coletivização forçada das grandes propriedades agrícolas: fato este que criou inimizade com os grandes proprietários (kulaks) e obrigou Stalin a persegui-los, mandando-os para os campos de trabalhos forçados. Essa opressão à propriedade privada, especificamente, causou uma grande antipatia por parte dos camponeses ricos e uma grande simpatia pelos bolcheviques radicais.
Daí para frente, começou a grande perseguição e matança com justificativas "patrióticas". Com a grande fome na Ucrânia (holodomor) como retaliação aos kulaks que não aceitaram a coletivização forçada daquele país e com o grande expurgo, muitas pessoas morreram por fome, por pena capital, por trabalhar até a morte nos Gulags, por rebeldia, por suicídio, por guerras e por perseguição política. Inclusive, havia uma certa paranoia na URSS onde se preferia matar inocentes do que correr o risco de deixar um espião, kulak opositor ou um inimigo suspeito vivo. Na dúvida, a condenação era a única certeza.
Esse processo de radicalização stalinista foi que gerou a frase polêmica da extrema-esquerda que está tão em moda, a tal "Stalin matou foi pouco". Essa frase trata-se de uma clara provocação (ou ironia) de grupos stalinistas tanto aos opositores de esquerda quanto à direita macarthista e latifundiária, sinalizando que a revolução rumo ao socialismo deve ser feita mesmo ao custo do sacrifício de muitas vidas. Há também os que defendem que Stalin matou realmente pouca gente em comparação com os números exorbitantes de mortes atribuídas a ele pela mídia burguesa. O fato é que nunca houve um consenso com relação a esses números, apesar de quase todos os historiadores considerarem que as mortes durante o período stalinista chegaram na casa dos milhões. Apesar da direita brasileira superestimar impunemente o número de mortes que houve durante o regime de Stalin, ela sabe bem que foi essa fama de tirano implacável que fez seus inimigos o temerem e o respeitarem. Com Stalin, não tinha chance alguma para burguês perpetuar desigualdades e viver de mais-valia. Nem mesmo os EUA ousaram desafiar diretamente a URSS de Stalin, apesar de reprovar inteiramente o seu regime e a sua conduta. O medo e a tensão foram sentimentos recorrentes durante o governo de Stalin para aqueles que não concordavam com seu regime.

Meme muito usado nas redes sociais

Stalin podia ter salvado o mundo do imperialismo
Apesar de muita gente duvidar, segundo grupos stalinistas, o mundo possivelmente seria todo socialista se Stalin tivesse governado até a crise dos mísseis cubanos. Isso porque se a crise dos mísseis com os EUA tivesse ocorrido durante o governo de Stalin, hoje os EUA seriam subordinados a URSS que, certamente, teria levado a melhor por ter mísseis nucleares mais sofisticados na época e por eles estarem estrategicamente mais bem posicionados. Porém, sem Stalin, a realidade foi outra. Nikita Khrushchev, o então líder da URSS durante a crise dos mísseis de Cuba, teve uma postura de arregão diplomática – diferentemente da postura firme e agressiva de Stalin. Esta atitude "cautelosa" de Khrushchev, portanto, desagradou a muitos camaradas, o que contribuiu para a sua própria queda, para o acirramento da Guerra Fria e para a futura decadência da URSS durante o governo de Leonid Brezhnev. No fim das contas, a postura antistalinista adotada por Khrushchev acabou virando uma faca de dois gumes por, pelo lado bom, reduzir as violações dos direitos humanos e, pelo lado ruim, por criar divergências políticas no partido comunista que viriam a fragilizar o seu país. Isso, segundo alguns stalinistas, só serviu para mostrar a falta que Stalin fez. Mas isso é apenas um suposição, já que ninguém sabe se realmente Stalin estaria disposto a ir até as últimas consequências contra os EUA.

Khrushchev paz e amor!

Mas, enfim, essa glamourização e humorização de Stalin não significa que o número de stalinistas cresceu no mundo: significa apenas que Stalin está virando uma figura pop por ter sido um ícone polêmico do século XX: seja por ter sido muito odiado ou muito adorado. E num país como o Brasil, onde a cultura do autoritarismo sempre prevaleceu, um camarada como Stalin é um prato cheio para virar ídolo.

Olha aí o que eu falei...

Para terminar, um videozinho para descontrair:

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Por muito menos, os militares tomaram o poder em 64


A situação que o Brasil atravessa neste momento é extremamente preocupante. Estamos vivendo um misto de caos com autodestruição por ação de um governo oportunista e cleptocrata. É uma vergonha estarmos testemunhando caos nos presídios, o exército nas ruas para conter a violência, a dilapidação das nossas estatais, o congelamento dos investimentos em saúde e educação, os ataques criminosos contra a CLT, contra a previdência, contra o programa nuclear brasileiro, contra o programa espacial brasileiro, contra as nossas empreiteiras, contra o ensino médio e agora, para terminar a tragédia, a venda de terras brasileiras para estrangeiros e empresas multinacionais. Os próprios militares já manifestaram preocupação com essa recente ameaça à nossa soberania através dessa MP de Temer que entrega nossas terras para o controle estrangeiro. Aliás, essa MP de Temer lembra bastante o neocolonialismo que ocorreu na África durante os séculos XIX e XX, especialmente no Congo.

E a história se repete...

Em 1964, quando o presidente João Goulart foi deposto, nada sequer parecido com o que está acontecendo hoje acontecia na época. O grande "risco" que havia em 1964 era de serem feitas reformas de base, que foram tratadas como uma "ameaça comunista" de Jango, que, diga-se de passagem, nunca foi comunista e nunca teve qualquer ligação com a URSS durante a Guerra Fria. O Golpe de 1964 foi imposto pelos EUA e apoiado por nossa elite. Apesar de termos vivenciado anos de chumbo durante a ditadura, os militares nunca toleraram a destruição do patrimônio nacional e nem a venda de parcelas estratégicas do nosso território. Os militares tinham um viés nacionalista muito forte e, por isso, não tolerariam avanços abusivos contra a nossa soberania.

Geisel sabia o que estava por vir...

A barbaridade que acontece hoje no Brasil seria motivo mais que suficiente para um novo Golpe Militar, mas não é interesse das nossas oligarquias e nem dos EUA patrocinar mais uma ditadura, ainda mais sem haver Guerra Fria. Militares no poder hoje seriam um empecilho ao entreguismo e ao lucro do sistema financeiro. A própria Globo já anunciou o caráter ilegal de uma intervenção militar e pediu desculpas por ter apoiado o Golpe de 64. Por isso, o risco de uma intervenção militar hoje é zero. Mas nem por isso os militares estão quietos, assistindo a tudo passivamente. O próprio general Villas Boas já mostrou preocupação com o fato do país estar à deriva.

Sim: foi a este ponto que nós chegamos...

O que quero dizer com tudo isso é que a situação hoje é muito mais grave que a de 1964 – fato que não justifica ditadura alguma – mas que nos leva, no mínimo, a uma reflexão.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

A burguesia fede e o capitalismo precisa acabar

Este é o pensamento burguês

Eu desisto. Não dá mais.
Não tem como aturar tanta cara de pau e canalhice da burguesia mundial. Ela quer que o trabalhador se ferre e trabalhe até morrer para sustentar seus lucros. Ela quer emburrecer a população para continuar a manipulando. Ela quer pagar salários de fome, quer sonegar impunemente, quer fazer negócios a risco zero e viver tendo os seus luxos sustentados pelos juros da dívida pública. Ela não tem o menor respeito pela democracia, pelos povos nativos, pelo meio ambiente, pelo próprio país e nem por reformas de base que beneficiem os mais pobres. A burguesia fede a enxofre. A burguesia fede a capitalismo. E o capitalismo é o maior inimigo do ser humano e da justiça social.

Cena comum em um país capitalista

O capitalismo fez tudo que jurou que só o comunismo faria. O capitalismo causou desigualdade, pobreza, fome, destruição, guerras, matou muito mais que o comunismo e ainda destruiu a meritocracia real. Mas os burgueses negam esta realidade até a morte para manter esse sistema desumano como engrenagem para aumentar os seus lucros, juros e dividendos. O capitalismo nos tornou esnobes, egoístas, infelizes, workaholics, consumistas compulsivos, viciados em calmantes e nos culpabilizou individualmente pelo nosso próprio fracasso. A cultura do "vencedor e do perdedor" imposta pela competitividade do mercado é desumana, porque nos padroniza e transforma a sociedade inteira numa selva. Esse sistema que vivemos passou a cobrar por uma mísera felicidade momentânea, mercantilizou nossas relações afetivas e sexuais, e chegou ao cúmulo de cobrar até pela água que bebemos. O capitalismo nos degradou a tal ponto que vivemos conformados com as milhares de toneladas de alimentos que são incineradas ao fim de cada safra para manter o maldito lucro.



Infelizmente, não há outra solução a não ser derrubar o capitalismo. O capitalismo é um câncer que colocou o dinheiro e o mercado acima dos seres humanos. Temos que pensar em um modo de produção mais humano, mais inclusivo, mais justo, mais igualitário, mais cooperativo e que traga felicidade para todos. Não sei se o socialismo é a solução, mas, com certeza, nada que se baseie na propriedade privada dos meios de produção  pode ser considerado solução para o que vivemos.


Para saber mais:
Desigualdade aumenta e o capitlaismo vai acabar
6 medos do comunismo que se tornaram reais graças ao capitalismo
15 razões pelas as quais o capitalismo te impede de ser feliz

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

O comunismo é o sistema mais opressor que existe

Stalin e Mao: unidos para oprimir geral!

Finalmente, eu e os reaças temos uma opinião em comum: a de que o comunismo é um sistema opressor. O comunismo é, sem sombra de dúvidas, um regime extremamente opressor.

O comunismo oprimiu os capitalistas, os senhores feudais, os neoliberais, os grileiros, os ruralistas, os individualistas, os fascistas, os nazistas, os terroristas, os fundamentalistas religiosos de todas as crenças, os militares golpistas, os torturadores de ditaduras, os chefes tribais com seus privilégios, os chefes de escravos, os senhores da guerra, os jagunços de grandes latifundiários, os esquadrões da morte, os invasores dos mais bárbaros exércitos imperialistas da história, os ladrões, os assassinos, os estupradores, os colonialistas, os homens que oprimiam suas mulheres, os racistas, os antissemitas, os espiões, os traidores da pátria, os colaboradores do inimigo etc, etc, etc. Oprimimos a fome, a exploração, a doença, a ignorância, o racismo, o machismo, o crime, etc, etc, etc.

Kim Il Sung e Fidel prontos para oprimir

Temos orgulho de sermos opressores! Pois oprimimos a opressão!

Não gostou?
Então vai dançar!