sexta-feira, 16 de março de 2018

É a direita predatória que controla o mundo


A direita modinha da classe média brasileira é realmente desprezível. Além de disseminar ideias erradas sobre praticamente tudo, ela ainda vive de atacar todos os líderes populares de esquerda e não dá trégua nem na hora de uma tragédia. Não foram poucos comentários que li ontem pela internet de gente que achou "merecida" a execução da vereadora Marielle Franco – assim como teve também muita gente que comemorou a morte de Marisa Letícia, esposa do ex-presidente Lula. A razão da felicidade de muitos reaças da internet com essas e outras tragédias é que além deles não terem coisa melhor para comemorar, ainda por cima conservam um fanatismo de quem encara a ideologia política como uma espécie de religião. Esses direitistas não divergem em nada dos talibãs que comemoram o assassinato de quem pensa diferente da fé islâmica. Esse esgoto social brasileiro, não satisfeito em defender ideias que só interessam a uma elite da qual ele jamais fará parte, ainda se acha no direito de comemorar o assassinato brutal de outro ser humano. Esse é o fundo do poço ao qual o ser humano pode chegar.

Quem celebra a violência contra o diferente é um psicopata

Enfim, a falta de empatia e o ódio cego pelo diferente sempre foram marcas registradas de pessoas individualistas, reacionárias e esnobes: características intrínsecas da direita. E aí, quando você vai ver quem são os "heróis" da direita, se depara com Pinochet, Ustra, Hitler, Ronald Reagan, Margaret Thatcher, Churchill, Bolsonaro, FHC e Olavo de Carvalho. Os mais moderninhos dizem gostar de Hayek, Mises, Friedman, Ayn Rand, Rothbard e até de Rodrigo Constantino. Todos esses ídolos da direita nunca tiveram o menor interesse em políticas inclusivas ou em criar sociedades mais justas e igualitárias. Aí você olha para os políticos queridinhos da direita que estão no poder e vê que são todos representantes do mercado apoiados por grandes corporações para atender os interesses de uma elite oligárquica. Nisso fica claro que a direita pobretona – formada pelos alienados (capitalistas sem capital) – é uma idólatra fracassada de heróis impopulares: heróis estes que são incapazes de equacionar os mais pobres nas políticas públicas.

Direita desfilando nos EUA

Já a direita do topo da pirâmide social – formada pelos grandes capitalistas donos dos meios de produção – não está nem aí para o povo. Eles estão interessados apenas em conquistar mais poder e em multiplicar as suas fortunas às custas do sacrifício de toda uma população trabalhadora. Esse é, portanto, o retrato da direita rica: cínica, egoísta, ambiciosa e inescrupulosa. É uma elite mesquinha que não quer que o país se desenvolva e adota uma postura moralista para disfarçar a própria avareza.

Sim, são eles que controlam o mundo.

E é nas mãos dessa gente que todos nós estamos. Foi a direita que deu todos os golpes de Estado na América do Sul e que sempre combateu as políticas de redistribuição de riquezas. Foi a direita que apoiou o nazifascismo na Europa para conter o risco de revoluções socialistas no velho continente. Foi a direita que financiou as guerras no Oriente Médio e que acabaram por gerar uma crise de refugiados. É a direita que quer tirar todos os nossos direitos, sejam eles trabalhistas, previdenciários ou intelectuais. A nossa imprensa é controlada pela direita. A nossa noção de sucesso é pautada pela direita. E até os nossos sonhos são moldados pelo que a direita impõe através da publicidade consumista onde exibir uma grife cara vale mais que ter um extenso currículo acadêmico.
Enquanto a direita controlar o mundo, viveremos nossas vidas mediocremente, acreditando nas fantasias pseudoliberais que o capitalismo apresenta como solução para os problemas do mundo. Enquanto essa mentalidade anticomunista arcaica prevalecer na sociedade, viveremos com medo de mudar para melhor, aceitando toda a injustiça e violência que é imposta contra nós. A hora de começarmos a nos politizar é agora. Mudar é preciso porque o mundo clama por essa mudança.

Um comentário: