quinta-feira, 8 de março de 2018

Essas maravilhosas mulheres revolucionárias


Várias centenas de mulheres se reuniram hoje, no Dia Internacional da Mulher, para ocupar e paralisar uma empresa do dono da Riachuelo e também a gráfica do jornal O Globo. Essas mulheres mostraram audácia e bravura ao bater de frente contra dois grandes apoiadores do Golpe de 2016: Flávio Rocha, dono da Riachuelo, e os Marinho, donos do Brasil Globo. Essas mulheres me lembraram de outras tantas mulheres que ao longo da história desafiaram o sistema e enfrentaram o sexismo, a opressão, o imperialismo e a injustiça com força e coragem.
A seguir, vou relembrar dos nomes de algumas mulheres que mudaram o rumo da história devido à luta pelos seus ideias. Foram essas maravilhosas mulheres revolucionárias que ajudaram a construir um mundo melhor não só para as mulheres, mas para todos os seres humanos.

Soldaderas mexicanas prontas para avançar!

Margarida Maria Alves - foi uma sindicalista e defensora dos direitos humanos e dos direitos trabalhistas no estado da Paraíba. Foi dela a célebre frase "é melhor morrer na luta do que morrer de fome". Ela virou mártir após ter sido covardemente assassinada por um matador de aluguel. Margarida se tornou um símbolo na luta pelos direitos dos trabalhadores rurais no Brasil.

Pagu - Patrícia Rehder Galvão, conhecida pelo pseudônimo de Pagu, foi uma escritora, poeta, diretora de teatro, tradutora, desenhista, cartunista, jornalista e militante política brasileira. Foi presa política por ser uma militante de esquerda e por se assumir publicamente como comunista.

Olga Benário Prestes - militante comunista alemã de origem judaica e esposa de Luis Carlos Prestes, ela participou de uma insurreição armada (Intentona Comunista) contra o sistema oligárquico brasileiro. Após ser presa, ela acabou sendo enviada para a Alemanha Nazista, onde morreu num capo de extermínio. Olga foi um exemplo de guerreira que jamais se entregou e lutou até as últimas consequências pelo ideal que acreditava.

Simone de Beauvoir - foi uma escritora, intelectual, filósofa existencialista, ativista política, feminista e teórica social francesa. É considerada uma das maiores autoras feministas de todos os tempos. Foi dela a famosa frase: "Ninguém nasce mulher: torna-se mulher" que, inclusive, caiu numa questão do Enem de 2015, causando um furor raivoso nos reacionários brasileiros.


Rosa Luxemburgo - foi uma filósofa e economista marxista polaco-alemã. Combateu a exploração capitalista e defendeu a justiça social através de suas ideias. Em sua obra "O Socialismo e as Igrejas" (1905), ela afirmou que os socialistas eram mais fiéis aos preceitos originais do cristianismo do que o clero conservador da época (coisa que acontece até hoje). Segundo Rosa, os primeiros cristãos seriam comunistas apaixonados e denunciavam a injustiça social. Rosa foi covardemente assassinada por grupos paramilitares alemães.

Frida Kahlo - essa famosa pintora mexicana foi intensa, transgressora, subversiva, revolucionária e muito à frente do seu tempo. Foi capaz de revolucionar através do seu exemplo de vida, da sua força, da sua pintura e da sua coragem, recusando-se a se manter acuada diante da opressão e da desigualdade.

Kathleen Cleaver Neal - foi uma das integrantes do Partido dos Panteras Negras e a primeira mulher do partido a fazer parte do corpo de “tomadores de decisões”. Ela serviu como porta-voz e secretária de imprensa, organizando também a campanha nacional para libertar o aprisionado ministro da Defesa dos Panteras, Huey Newton.

Angela Davis - Ativista política, acadêmica, autora, professora e filósofa socialista estadunidense, ela alcançou notoriedade mundial na década de 1970 como integrante do Partido Comunista dos Estados Unidos e dos Panteras Negras. Ela também ficou famosa por sua militância pelos direitos das mulheres, pela luta contra a discriminação social e racial e por ter sido personagem de um dos mais polêmicos e famosos julgamentos criminais da história dos Estados Unidos.


Harriet Tubman - nasceu escrava, em 1820 nos EUA, mas fugiu de Maryland para o estado livre da Pensilvânia. Ao longo dos anos, ela foi em 19 missões para resgatar mais de 300 escravos. Durante a Guerra Civil, ela foi a primeira mulher a liderar uma expedição militar, liberando mais de 700 escravos.

Mary Wollstonecraft - foi uma escritora inglesa do século XVIII, assim como filósofa e defensora dos direitos das mulheres. O trabalho mais conhecido dela foi Uma Reivindicação pelos Direitos da Mulher (1792), no qual ela argumenta que as mulheres NÃO são, por natureza, inferiores aos homens. Foi dela a afirmação sem precedentes que os direitos das mulheres devem ser iguais aos dos homens.

Joana d’Arc - estimulada por sonhos em que os santos cristãos a incentivavam a lutar contra os ingleses, Joana d’Arc conduziu o famoso assalto que levantou o cerco inglês da cidade de Orleans em 1429, virando a maré em favor dos franceses. Acabou tendo uma morte trágica que a martirizou.

Hipátia - foi uma matemática, astrônoma, filósofa, escritora e diretora da biblioteca de Alexandria. Ela foi uma das mais importantes pensadoras da Antiguidade. Acusada de bruxaria, foi morta por uma turba desgovernada de fanáticos religiosos pelo "crime" de pregar a liberdade cultural e filosófica do pensamento.

Malala Yousafzai - foi a pessoa mais jovem a ser laureada com um prêmio Nobel (da Paz). Ficou conhecida principalmente pela defesa dos direitos humanos das mulheres e do acesso à educação no Paquistão, onde os talibãs locais impedem as jovens de frequentar a escola. Desde então, o ativismo de Malala tornou-se um movimento internacional. Em 2012, ela sobreviveu a um atentado de um terrorista Talibã que acertou um disparo em sua cabeça. Malala ficou famosa por seu discurso na ONU onde disse: "Vamos pegar nossos livros e canetas. Eles são nossas armas mais poderosas. Uma criança, um professor, uma caneta e um livro podem mudar o mundo. A educação é a única solução".

Lyudmila Pavlichenko - foi uma franco-atiradora (sniper) soviética durante a Segunda Guerra Mundial. A ela foi creditada a morte de 309 soldados alemães (possivelmente foi maior que 500). Ela é até hoje considerada a franco-atiradora mais bem-sucedida na história. Esta valente ucraniana venceu o machismo e o nazismo com uma tacada só.


Roza Shanina - foi outra franco-atiradora soviética durante a Segunda Guerra Mundial, creditada com 54 mortes confirmadas. Ela recebeu diversas condecorações e foi bastante respeitada por sua bravura e determinação. Ficou conhecida na época como o "Terror Invisível" da Prússia Oriental, se tornando mais tarde a primeira mulher franco-atiradora a receber a extinta "Order of Glory" por ser a primeira mulher a servir na frente da Bielorrússia. Roza morreu de forma heroica dando sua vida para salvar um companheiro ferido durante um bombardeio.

Celia Sánchez - foi uma revolucionária cubana dedicada e corajosa, denominada por Fidel como “a flor mais autóctone da revolução”. Ela teve um papel fundamental durante a guerra revolucionária e na construção do socialismo. Juntamente com Frank País (um dos líderes do Movimento 26 de julho), Célia organizou o movimento na região oriental, criando uma rede de apoio à guerrilha liderada por Fidel em Sierra Maestra. Ela foi também a primeira guerrilheira da Sierra Maestra, tendo se incorporado ao exercito rebelde em maio de 1957.

Vilma Espín Lucila - foi outra grande revolucionária cubana. O espírito da revolução socialista de Cuba foi mais vividamente encarnado por sua “primeira-dama”, Vilma Espín Lucila. Depois de estudar engenharia química, Espín pegou em armas contra a ditadura de Batista em 1950 e desmascarou a noção da dócil mulher caribenha com seu uniforme militar e seu espírito revolucionário.

Nadezhda Krupskaya - foi uma revolucionária bolchevique e pedagoga russa, casada com o líder revolucionário Vladimir Lênin. Ela participou do governo soviético e teve um importante papel na luta contra o analfabetismo na Rússia. Suas concepções sobre educação teriam grande influência no estabelecimento de novos métodos e práticas de ensino na URSS.

Mulher, a revolução mora em você!

No dia em que todas as mulheres (que são maioria) se unirem e se levantarem juntas contra o sistema de opressão que foi construído contra elas, a humanidade irá passar pela maior de suas revoluções. E pode acreditar que esse dia está bem perto de chegar.

Fontes:
Brasil de Fato
Hypescience
PCB.org
Mega Curioso
Vermelho.org
Guia do Estudante

6 comentários:

  1. Seu blog é maravilhoso!!!! continue. ����✔

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    1. Sim, o blog vai continuar firme e forte.
      Obrigado pelo apoio!

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  2. Na URSS mulheres tinham direitos iguais a homens

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  3. Você ja leu livros filosoficos se sim ha uma indicação

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    1. Já li alguns poucos, mas não me lembro dos títulos de cabeça.

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  4. Poderia ter colocado a atriz da Dona Clotilde

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